sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Uniformes usados na Arena Fonte Nova são transformados em arte



Parceria entre a Arena Fonte Nova e Projeto Axé gera mais de 20 novos produtos que são vendidos na loja da organização não governamental (ONG), no Centro Histórico de Salvador e na área de convergência da Copa 2014.

Sustentabilidade e responsabilidade social. Esses dois conceitos nortearam uma empreitada de sucesso, iniciada no ano passado, entre a Arena Fonte Nova e o Projeto Axé, com sede no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador (CHS). A iniciativa dá nova utilidade aos uniformes dos funcionários que trabalham na obra do equipamento multiuso, que seriam descartados após três meses de utilização, transformando-os em aproximadamente 20 tipos de produtos utilitários, a exemplo de jogos americanos, porta-vinho, porta-copos, nécessaires, bolsas, mochilas e porta-celular, todos com estampas que resgatam a história do Projeto Axé.

No início, os fardamentos foram fornecidos pela Arena Fonte Nova para a unidade pedagógica de arte-educação da ONG, mas, como sobraram algumas peças, a estilista baiana Luciana Galeão, responsável pelo Projeto Axé Design, teve a ideia de aproveitar o material para produzir arte. De acordo com a designer, o uniforme é desmontado e estampado no estabelecimento e depois é enviado às empresas terceirizadas que fazem a montagem dos produtos: “Nós já realizamos desfiles com os produtos no Sarau du Brown e na Expo Bahia, este ano, com o objetivo principal de divulgar a arte e design locais, por isso vendemos criações de artistas como Carol Farias e Humberto Gonzaga, que são transformadas, pelas mãos dos meninos e meninas do Axé, em coisas lindíssimas. Vale lembrar que toda a renda que nós temos é revertida para o Projeto”, declara orgulhosa. 

Turistas e baianos vão à loja do Projeto Axé e se encantam com os artigos que, segundo a própria designer, exibem características regionais, mas sem apresentar o estereótipo folclórico. “A receptividade foi muito boa e nós já estamos pensando em fazer uma linha de roupas com o material”, avisa a estilista.

De acordo com informações da Arena Fonte Nova, o uniforme é usado no período entre dois e três meses, e cada um dos cerca de 3 mil trabalhadores recebe duas peças por vez. Além de serem vendidos na loja do Axé, no Pelourinho, os produtos originados dos fardamentos dos operários são comercializados, também, no Centro de Visitação da Arena. “A ideia de reutilizar fardamentos está em consonância com as metas de sustentabilidade ambiental adotadas pela Arena Fonte Nova. Esperamos com esta parceria estimular outras empresas a participar desta ação”, comenta Frederico Gonçalves, Gerente de Sustentabilidade da Arena Fonte Nova.

A expectativa de Frederico Gonçalves já foi alcançada. Luciana Galeão conta que a iniciativa gerou, sim, outras parcerias e, atualmente, uniformes da Odebrecht, Braskem e Ademi também são recebidos pela ONG. As peças confeccionadas a partir deles são, hoje, responsáveis por cerca de 60% do faturamento da boutique.
                                                                                                 
O Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador, responsável pela elaboração do Plano de Reabilitação para a área, acredita no sucesso do projeto. Beatriz Lima, coordenadora geral do órgão, destaca a ação como sendo inovadora e geradora de uma dinâmica econômica diferenciada no território. “Esse novo produto, disponibilizado através de um projeto desenvolvido no coração do Centro Antigo, gerado a partir de resíduos da Construção Civil e com potencial para gerar novas atividades econômicas e sociais, tem um grande diferencial que é alinhar sustentabilidade e negócios”, constata a gestora.

PROJETO AXÉ

Fundado em 1990 pelo ítalo-brasileiro Cesare de Florio La Rocca, o Projeto é uma ONG que atua na área da educação, arte-educação e defesa de direitos de crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social. O processo educativo do Axé é iniciado com a Educação de Rua, que estabelece vínculos e estimula crianças e adolescentes a saírem da situação em que se encontram e ingressarem nas Unidades Educativas, espaços pedagógicos onde são realizadas atividades lúdicas, artísticas e culturais, baseadas nos princípios da ética e dos Direitos Humanos.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Concreto, condutor elétrico: só se vê em Salvador



Buracos, sujeira, insegurança... Salvador anda de mal a pior e todo mundo sabe. O que pouca gente sabe, creio eu, é que os postes da cidade estão dando choques nos cidadãos. Hoje eu levei uma baita descarga elétrica ao tocar em um poste da Avenida Heitor Dias, nas proximidades da concessionária Morena, entre os bairros Cidade Nova e Vila Laura. Meu coração disparou, fiquei tremendo feito vara verde e minha mão dói até agora!

Nesta manhã, ao sair para trabalhar, fui surpreendida por uma forte chuva. Como o dia não estava dos mais feios, não pensei em pegar o guarda-chuva. A caminhada até o ponto de ônibus é de cerca de um quilômetro e, em função da distância, fiquei completamente encharcada. Ao atravessar as obras da Via Expressa, para chegar ao sentido da via que me levaria ao Pelourinho, tentando me esgueirar entre os carros que engarrafavam a pista e a calçada imunda, completamente, enlameada e coberta por lixo, fui inventar de encostar em um poste. Eu já tomei alguns choques na vida, mas nada que se comparasse à descarga elétrica que levei hoje. Apesar de ter sido uma questão de segundos, o tempo parou: pude sentir a corrente de energia passando por todo o meu corpo. O local de entrada, a mão esquerda, permanece dormente até agora, e o coração acelerou para valer.

 Alguns podem pensar que é inocência, no entanto, não creio que a chuva seja justificativa para tal sinistro. Eu não peguei em fios. Simplesmente, toquei no concreto, e este foi o condutor da energia, o que, tenho certeza, não deveria ocorrer.

Ocorrências semelhantes já foram registradas na capital baiana. Em janeiro deste ano, um homem de 29 anos morreu atingido por uma descarga elétrica, no bairro de São Marcos. Erinaldo Cardoso Alves, morador da Rua Geraldo Magela, fazia a medição de um terreno quando se apoiou em um poste de energia e recebeu o choque. De acordo com a 10ª Delegacia Territorial, em Pau da Lima, o homem morreu logo após o choque. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ir ao local, mas o rapaz já não tinha sinais vitais.

O caso em questão nada diferiu do que ocorreu comigo, o que quer dizer que eu tenho muita sorte de poder estar contando o ocorrido aqui neste blog. Eu espero que as pessoas que leiam este post, disseminem a informação e que os órgãos competentes ajam no interesse da população que reside em Salvador e empreenda atividades de fiscalização constantes para que nós, cidadãos pagadores dos impostos, diga-se de passagem, tenhamos direito à segurança mínima ao circular pelas ruas da cidade, que como eu disse anteriormente, andam sujas, esburacadas e propícias a atos de violência.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Salvador, cidade e pocilga




Nesta segunda-feira (23), dentro do ônibus, a caminho do trabalho, fui surpreendida por um papel de bala que bateu no meu rosto. Uma senhora, muito mal educada, por sinal, havia feito a tentativa de se livrar da embalagem atirando-a pela janela. Eu reclamei em alto e bom tom para que ela se tocasse para o que a falta de educação dela tinha resultado e a senhora, meio a contragosto, pediu desculpas.

Isso me fez pensar em quantos residentes de Salvador têm esse mau hábito. Infelizmente, por uma simples questão de observação, é possível perceber que são muitos e quem mais sofre com isso é a cidade, que fica incrivelmente suja; que ao menor volume de chuva fica alagada; que envergonha os cidadãos com o mínimo de discernimento, enojando-os quando, simplesmente, caminham pelas ruas. A questão do lixo é, antes de mais nada, uma questão de educação. Pessoas educadas não  jogam lixo nas ruas. Eu, por exemplo, coloco embalagens de balas e chicletes dentro da bolsa e só depois, quando chego em casa, livro-me dos papeizinhos.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Salvador produz mais de 2 mil toneladas de dejetos por dia. O expressivo número, somado ao fato de que menos de 10% desta quantidade é reciclado, mostra uma triste realidade e nos deixa muito longe de uma solução.

A meu ver, a única saída é a reeducação da população, atrelada a sanções que fizessem o  cidadão porcalhão sentir no bolso o peso de sujar, ainda mais, a cidade de Salvador. No Brasil, já há exemplos dessa prática. A Câmara Municipal de Guarulhos, município da Grande São Paulo, aprovou uma lei que prevê multa para as pessoas que jogarem lixo no chão da cidade. As multas poderão ser aplicadas por agentes públicos não só em motoristas, mas também em pedestres que descumprirem a regulamentação. Caso um pedestre seja flagrado jogando lixo no chão, ele será obrigado a dar as informações necessárias para a aplicação da multa, cujo valor previsto é de R$ 84. Se houver recusa em passar os dados, a pessoa será levada para a delegacia. No Distrito Federal há a mesma indicação de sanção para quem sujar as vias. 

Pena que aqui em Salvador o desmando manda e ações como essas dificilmente serão respeitadas, ou mesmo propostas. João Henrique vai deixar o posto de prefeito (graças a Deus) e o novo gestor terá pela frente inúmeros desafios e um deles, com certeza, será o de transformar a cidade num local limpo e aprazível novamente.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Desamparados, animais de rua ficam à mercê da sorte



Um cachorrinho que apareceu na Rua Dr. Genésio Salles, Vila Laura (logradouro em que resido, aliás) foi morto, no último mês, a tiros, por um jovem policial. Justificativa: o cachorro o mordeu e ele teve que matá-lo. Soube, esses dias, que uma cadelinha, "moradora" da mesma rua há cerca de quatro anos, também foi "jurada de morte" por um outro indíviduo que, ao que parece, é igualmente policial.

Até entendo a revolta de quem é mordido por um cachorro da rua, mas é necessário, mesmo, tomar essa atitude? Devemos lembrar que o cão, ao contrário de nós, não é um ser racional. Ele responde somente aos instintos. Ele não sabe a diferença entre o que é certo e errado.

Essa situação, em grande parte, é causada pela Prefeitura Municipal de Salvador e pelo Ministério Público do Estado. Em 2004, o Ministério indicou pela não-captura dos animais pelo Centro Controle de Zoonoses (CCZ) por conta de maus tratos e abusos no momento em que cães e gatos eram recolhidos da rua. Para resolver o problema, no mesmo ano, na gestão do prefeito Antônio Imbassahy, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com os dois órgãos públicos e com a Associação Brasileira Protetora dos Animais (ABPA) e a Associação Bicho Feliz. O objetivo deste documento era, justamente, regularizar a situação de coleta dos animais de rua. 

Acreditem se quiser, a situação, após oito anos, é a mesma. O CCZ continua sem poder recolher os bichos das ruas e ninguém mais realiza este serviço. Salvador está lotada de cães e gatos, 45 mil, que podem passar doenças para humanos, como sarnas, micoses, leishmaniose (Calazar) e Raiva. 

É triste ver que a nossa cidade vive uma situação de barbárie por pura incompetência dos órgãos públicos que são incapazes de retirar, com parcimônia e respeito, os bichinhos que vivem nas ruas soteropolitanas, obrigando-os a ingerir lixo, reproduzir descontroladamente e serem alvo de pessoas que, revoltadas com mordidas e ataques, resolvem fazer "justiça" com as próprias mãos.

Aonde iremos chegar?

segunda-feira, 9 de julho de 2012

As Olimpíadas 2012 estão chegando?



Cada vez mais, a Globo perde o reinado no que diz respeito à trasmissão de eventos esportivos. A emissora é rainha quando se trata de campeonato brasileiro de futebol, mas vem perdendo a majestade quando o assunto são eventos como as Olimpíadas de Inverno, o jogos Pan-Americanos, campeonatos de futebol europeus e até mesmo as Jogos Olímpicos de Verão, que nesse ano serão realizados na capital inglesa, Londres.

A emissora do bispo Edir Macedo, a Record, é a detentora dos poderes de transmissão das Olimpíadas 2012, e, por conta disso, pode vender os direitos de exibição em canais fechados para a Globo Sat. O que me deixa intrigada é que um dos maiores eventos esportivos do mundo está muito próximo - a solenindade de abertura é no próximo dia 27 - e eu não vejo ninguém fazer comentários sobre o assunto.

Será que a Globo é tão poderosa que o fato de ela não transmitir o evento faz dele inesistente? Lembro-me de, em edições anteriores, nas proximidades das Olimpíadas, as pessoas não falarem de outra coisa: previam resultados; queriam saber quais atletas nos representariam lá fora; falavam de esportes pouco valorizados no Brasil... Atualmente, não se ouve nada.

Ao sair na frente da Globo na corrida pela exibição do evento, a Record apostou alto. No entanto, a emissora do bispo tinha bons motivos para encarar a empreitada. Quando, em 2010, exibiu os jogos de inverno de Vancouver, a Record conseguiu resultados sólidos e surpreendentes. Competindo com a maior festa popular do mundo, o Carnaval, esportes como esqui, snowboard e curling fizeram bonito e renderam ao canal médias de até 10 pontos, picos de 12 e sintonia de 22% dos televisores ligados na Grande São Paulo.

Parece pouco quando comparamos com os índices alcançados por novelas da Globo, a exemplo de Avenida Brasil, novela de João Emanuel Carneiro, exibida, atualmente, no horário nobre, que vem alcançando picos de 40 pontos em média. Contudo, o aumento crescente na audiência da emissora paulista, atrelada a novas e importantes apostas, dá uma mostra do que vem por aí.

Contanto que a guerra pela audiência seja ética e saudável, ela é sempre bem-vinda por nós, telesctadores sedentos por conteúdo de qualidade na televisão brasileira.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Os artistas em preto e branco

Esse final de semana assisti, com algumas amigas, o aclamado ‘O Artista’. Por não se tratar de um gênero que eu goste bastante, confesso que fui ao cinema sem grandes expectativas e estava um tanto alheia ao filme, sem saber exatamente do que se tratava. Assim que me aboletei na cadeira, uma das minhas colegas me disse que se tratava de um filme mudo. Logo pensei: “Oh Deus, onde fui me meter?”. É com uma enorme satisfação que digo: meti-me em um dos mais maravilhosos longas que já vi.

Embora em preto e branco e quase, completamente, sem som, deletei-me com uma história repleta de sutilezas e de sensibilidade, que fez com que eu passasse, facilmente, dos risos às lágrimas. ‘O Artista’ conta o declínio de George Valentin, um ator que fazia filmes mudos, consagradíssimo em 1927, e que, com a inclusão do som da fala dos personagens, perde espaço para atores mais jovens. O detalhe é que um desses jovens atores é Peppy Miller, uma moça que fez figuração em um de seus filmes, e pela qual o ator sentiu-se atraído.

A partir daí, a vida de Valentin se torna um verdadeiro inferno. Buscando mostrar que os filmes mudos e, principalmente, ele ainda têm vez, o artista produz um longa que acaba se tornando um fracasso, sendo esmagado pelo filme estrelado pela concorrente ‘faladeira’ Peppy Miller. Afundado em dívidas, o ator é deixado pela esposa e só pode contar, agora, com seu fiel cãozinho e com o dedicado motorista. Dentre os percalços enfrentados pelo protagonista estão, ainda, o alcoolismo e acidentes que quase o mataram.

As relações interpessoais, a capacidade de deixar o orgulho de lado, amizade e o verdadeiro amor são tópicos abordados no longa que ganhou 5 estatuetas da Academia, incluindo as de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator. O telespectador que deixa o cinema, após ver a película, sai leve, feliz e tocado. Todos nós podemos ser artistas e driblar os problemas das nossas vidas, confiando nos amigos, permitindo nos apaixonar e buscando a felicidade, sempre.

‘O Artista’ está nas principais salas de cinema de Salvador. Confira a programação completa em www.cineinsite.com.br.

Silvio Santos – o artista do Brasil em preto e branco

Pulando da telona para a telinha, assustei-me com o visual do dinossauro da TV brasileira, Silvio Santos. O apresentador, que comanda um programa dominical batizado com o seu nome, apareceu, desde a semana passada, com um look diferente: Silvio assumiu seus cabelos brancos e estava parecendo um verdadeiro avô.

Mesmo sabendo que o dono do SBT tem mais de 80 anos, as tinturas e o excesso de maquiagem nunca permitiram que o público o enxergasse como o idoso que é. Posso apostar que, assim como eu, diversos telespectadores ficaram perplexos com o velhinho que brincava com a plateia diante de nossos olhos.

Como a maioria sabe, Silvio foi camelô e teve que passar por muito perrengue para chegar aonde está e, assim como 'O Artista', o apresentador soube reconhecer as oportunidades e as agarrou, alçando longo voo pela carreira televisiva.

Essa mudança, a meu ver, é positiva, uma vez que comprova que pessoas mais velhas têm vez na televisão brasileira, até porque, quando se é um ícone, um artista, não importa a idade, o público vai reconhecê-lo como tal e lhe dará o devido apoio e, também, audiência.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Suruba na telinha – Rede TV! e Bandeirantes, o 69 da televisão brasileira

Todo mundo sabe que o famoso troca-troca televisivo ocorre nos mais diferentes segmentos. É galã que sai da Globo e vai para a TV do bispo (Rede Record); é apresentador que deixa programa e volta a fazer novelas; é empresário famoso que vai para a emissora de Silvio Santos e deixa de apresentar o programa que o consagrou. Enfim, no mundo da telinha tem de tudo. A bola da vez é a ida de toda a trupe do Programa Pânico na TV! para a Rede Bandeirantes (os integrantes romperam o contrato com a RedeTV! e assinaram com a Band sem aviso prévio, em janeiro deste ano), enquanto o polêmico Rafinha Bastos, ex-integrante do CQC (programa exibido às segundas pela mesma Band), após um período de jejum televisivo - por conta de declarações, no mínimo, polêmicas o humorista foi afastado da atração e pediu demissão-, assina com a Rede TV! para comandar um programa espelhado no norte-americano Saturday Night Live. A versão brasileira foi licenciada pela Endemol, que já produziu versões na Espanha e no Japão.

Acredito que a ida de Bastos para a emissora de Osasco - a sede da Rede TV fica na cidade paulista - será como uma espécie de tiro no pé. A empresa não vive o melhor momento após perder os direitos de transmissão da Série B do Brasileiro, que acarretou, de acordo com a própria Rede TV!, numa redução de cerca de R$ 30 milhões de receita por ano. Além disso, outros R$ 15 milhões teriam deixado de encher o cofrinho da Rede TV! em virtude da perda dos direitos do UFC para a platinada TV Globo.

O humorista já provou que leva o desejo de ser polêmico a níveis perigosos. Além de fazer piadas sobre mulheres feias terem que agradecer aos estupradores, pois esses estariam lhes fazendo um favor, Bastos brincou com gente graúda: falou, ao vivo, no horário nobre, que gostaria de "comer" Wanessa Camargo e o bebê, que ainda não havia nascido - Wanessa teve o primeiro filho, do casamento com o empresário Marcus Buaiz, em janeiro deste ano - e descascou o abacaxi de um processo movido pela cantora.

O pessoal do Pânico, por outro lado, vai para uma emissora que conseguiu estabelecer o CQC como um dos programas humorísticos mais vistos e mais renomados do Brasil e que, por si só, tem mais telespectadores do que a Rede TV!, o que parece ter sido uma decisão acertada. De acordo com a mídia nacional, os humoristas do Pânico (dentre eles Sabrina Sato, Emílio Surita, Eduardo Sterblitch, Márvio Lúcio e Rodrigo Scarpa) puderam romper, mais facilmente, o contrato com a Rede TV! porque os salários não estavam sendo pagos em dia.

Agora, só nos resta esperar e ver no que vai dar essa ‘suruba’ televisiva. Não quero ser a 'urubulina' que prevê que tudo vai dar errado, mas, em minha opinião, aonde vai o dedo podre do grosseiro Rafinha Bastos, nada pode dar certo.